Empatia, a pérola da boa convivência, se aprende na escola sim!
Uma maneira diferente de trabalhar as regras de convivência
Ações importantes
para o bem viver em comunidade necessitam de decisões quanto às regras de
convivência. Melhor ainda quando estas são construídas com a turma. Ao invés de
ditar regras, talvez até já conhecidas pelas crianças, decidi fazer com que
elas se colocassem no lugar de alguém que tivesse sofrido algo causado por
outra pessoa. Além do recurso da literatura, também utilizei o teatro para que
as crianças vivenciassem experiências possíveis no cotidiano.
Meu grande aliado nessa missão foi o livro
Chapéu, de Paul Hoppe, tradução de Gilda
de Aquino, da Editora Brinke-Book. O enredo do livro trata de uma decisão que o
menino Hugo toma com relação ao chapéu que ele encontrou na praça em que
passeava com sua mãe. A vontade do menino era de ficar com o chapéu, e pensou
em tantas coisas que poderia fazer com ele, mas se colocou no lugar de alguém
que deveria ser o/a dono/a do chapéu, e sentiu a falta que ele faria a quem
realmente necessita dele. Hugo então resolveu deixar o chapéu no mesmo lugar
que encontrou. As crianças quiseram dar outro final à história, de acordo com a
realidade deles, preferiram buscar o dono e caso não encontrassem, entregar a
alguém que ficasse responsável por devolvê-lo.
Após debatermos a história, partimos para
as encenações. A maioria das crianças quis participar das cenas, eu tive que
distribuí-las de forma que todos os interessados participassem. Recriamos casos
a partir de perguntas: O que falamos quando chegamos em algum lugar, acordamos,
ou vamos dormir? E com a resposta deles, fizemos a cena. Uma das que eles mais
gostaram foi, o que falamos quando queremos passar em algum lugar e tem alguém
impedindo a passagem? Eles responderam “sai do meio!!!”, mas com o teatro fomos
trocando a expressão por “com licença?”.
Eles riam atuando ou assistindo aos
colegas e tudo foi muito divertido. Exploramos os cumprimentos em geral, o
pedido de desculpas, cuidado com o próximo e com o meio em que vivemos,
comportamentos na escola, e cuidados com idosos. O repertório para uma
atividade como essa é imenso.
Aos pais e professores, recomendo os vídeos do youtube que falam sobre empatia, que é justamente saber se colocar no lugar do outro.
O poder da empatia
Se colocar no lugar do outro
Comentários
Postar um comentário